segunda-feira, 6 de abril de 2015

06042015



Poema VI

Nos recônditos da minha sensata lucidez
Encontro picos excêntricos, excentricamente
Loucos.

Nesta realidade que me prende, que me puxa,
Que me veste, que me insiste,
Revisto-me de liberdade, de abundância,
De luz.

Na amplitude da consciência,
Na totalidade do ser que compreende,
Dobro esquinas de brilho,
Percorro estradas de extravagância,
Mergulho em mares de vento solto
Até doer.

Nesta alma matematicamente morta,
Estupidamente viva,
Até doer choro, até doer encontro o choro
Que me faz, apenas, ser.



in Uma Janela Aberta, minha autoria


1 comentário:

João Cunha disse...

:) Palavras perdidas que ao serem rebuscadas encontram novo significado.